Escuderia preteriu Mick Schumacher e nomeou o argentino Franco Colapinto como titular da equipe

Corinna e Michael Schumacher — Foto: Reprodução

Porto Velho, Rondônia - 
Depois da estreia de Franco Colapinto na Fórmula 1 no Williams FW 46, a mulher do histórico campeão Michael Schumacher, Corinna, se alinhou à reivindicação do cunhado Ralf Schumacher e disparou contra o chefe da equipe britânica, James Vowles. É que a promoção do piloto argentino adiou, entre outros, a volta às pistas da principal modalidade do esporte de Mick Schumacher, hoje piloto reserva da Mercedes e titular no Campeonato Mundial de Endurance (WEC).

Conforme noticiou o portal Motorsports, Vowles pediu desculpas a Mick, mas a decisão não agradou a Corinna Schumacher, que foi procurar o diretor da Williams na última sexta-feira, nos boxes de Monza, na Itália. Segundo o site, ela expressou seu desconforto “em ambiente público”, fora do paddock.

Vowles comparou os dois jovens aspirantes à Fórmula 1, até que finalmente escolheu o argentino.

— Ambos caem na categoria de bom, não de especial. Acho que temos que ser claros sobre isso — disse Vowles sobre Colapinto e Schumacher. — Mick não é especial, ele simplesmente teria sido bom.

Mick Schumacher, filho do heptacampeão da Fórmula 1 — Foto: Reprodução

Durante a temporada de 2021 e 2022, seu filho Mick correu com a Haas na F1. No ano passado, ficou de fora após maus resultados e também por quebrar seu carro com um custo estimado de US$ 2 milhões. Ele não conseguiu encontrar uma maneira de retornar ao grid da F1 desde então. Ficou como reserva da Mercedes, vinculado ao programa de corridas de resistência da Alpine.

Ralf Schumacher já havia descrito como “absurda” a decisão da equipe inglesa, que priorizou o argentino, integrante da academia de pilotos desde janeiro de 2023. O ex-piloto foi duro com a determinação da equipe.

— Talvez dê para repensar. Respeito esta decisão porque Colapinto é um piloto do programa júnior da Williams, mas, do ponto de vista do desempenho, acho que é um absurdo e não faz sentido — disse ele, em defesa do sobrinho.

O irmão mais novo do heptacampeão mundial e que correu 180 Grandes Prêmios de F1, entre 1997 e 2007, disse que, para a equipe, o risco com Colapinto é maior em relação à opção de "trazer alguém com experiência, como Mick".

Segundo a imprensa internacional, o filho de Michael Schumacher estava no páreo para a escolha devido à influência do chefe da Mercedes, Toto Wolff. No entanto, seu ex-colega de estratégia Vowles teria decidido por Colapinto, primeiro argentino titular da F1 em 23 anos.


Fonte: O GLOBO