Embora tenham defendido a comissão, senadores bolsonaristas têm uma preocupação especial com os trabalhos da CPMI do 8 de janeiro

Porto Velho, RO - O anúncio feito pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), de que a CPI Mista para apurar as invasões golpistas do 8 de janeiro pode ser criada em 18 de abril ligou o alerta entre senadores bolsonaristas.

Embora esses próprios parlamentares tenham articulado a instalação da CPMI, senadores ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro estão preocupados em blindar grandes empresários bolsonaristas na comissão.

Nesta semana, uma influente senadora bolsonarista mandou uma mensagem a colegas na Casa alertando, por exemplo, que seria “importante” evitar a convocação do empresário Luciano Hang, dono das lojas Havan.

Hang, no entanto, foi um dos raros empresários bolsonaristas que condenaram publicamente as invasões golpistas às sedes dos Três Poderes, em Brasília, no dia 8 de janeiro.

“A democracia não combina com atos de vandalismo e sim com diálogo, jamais com violência. Precisamos respeitar as leis e instituições. Manifestações são legítimas quando ocorrem de maneira pacífica. Lamentável ver patrimônios públicos serem depredados desta maneira”, disse o empresário na época, em nota.

Criação da CPMI

Na terça-feira (4/4), o presidente do Senado afirmou que o requerimento que cria a CPMI dos atos golpistas de 8 de janeiro pode ser lido na sessão do Congresso Nacional marcada para 18 de abril.

O pedido de CPI mista, a ser formada por deputados e senadores, foi apresentado pelo deputado bolsonarista André Fernandes (PL-CE). Ele é um dos parlamentares investigados pelo STF no inquérito sobre as invasões golpistas.

Fonte: Metropoles