Grupo derrete o ouro e repassa a receptadores

A Polícia Civil do Espírito Santo prendeu dois suspeitos de terem passado a noite em um shopping na Grande Vitória e furtado cerca de R$ 1 milhão em joias. O crime foi cometido em dezembro do ano passado. Ainda há um membro da quadrilha foragido, de acordo com a corporação.

De acordo com os investigadores, os suspeitos integram uma organização criminosa que age em todo país pernoitando em shopping centers para furtar grandes quantidades de joias. Eles têm passagens pela pelas polícias de Goiás, Maranhão, São Paulo, Rio de Janeiro e Distrito Federal.

Os presos foram identificados como Gabriel Ferreira da Cruz, de 42 anos, e Miller Amilton Nascimento, de 26. Pedro Henrique Silva Aguiar, de 24 anos, segue foragido.

O delegado Romualdo Gianordolli explicou como agem os criminosos. O investigador disse que Gabriel vigia e despista os funcionários da loja ao lado da que a quadrilha almeja - no caso uma joalheria - enquanto Pedro Henrique fica vigiando e acompanhando a movimentação dos seguranças do shopping.

— Miller pela estatura dele, entra na loja vizinha, as funcionárias não percebem, e quando fecha a loja ele continua lá dentro. Com isso ele rompe a parede, tem acesso ao corredor e consegue adentrar na loja alvo. Sabendo do sistema de alarme, eles interrompem o sistema de alarme, furtam todo o material — disse o delegado.

No dia seguinte, prossegue o delegado, Gabriel e Pedro Henrique voltam ao shopping e, com a mesma dinâmica, despistam os funcionários e resgatam Miller. Em seguida, eles deixa o centro comercial de transporte público e vão para a rodoviária, onde pegam ônibus com destino ao estado de origem. O trio de suspeitos vive em Goiás.

— Eles possuem ferramentas especializadas e não deixam nenhum rastro, quem entra acha que não aconteceu nada, depois que dá falta do material — afirmou o delegado. — Eles têm alto conhecimento em alarme, são treinados e capacitados nessa atividade criminosa. Têm conhecimento em rompimento de obstáculo, que é a parede ou o que quer que seja, como também dos alarmes das lojas — acrescentou.

O delegado-geral da Polícia Civil (PCES), José Darcy Arruda, acrescentou que as joias eram rapidamente derretidas e repassadas. De acordo com ele, as peças dificilmente são recuperadas.


Fonte: O GLOBO