Instituição, que teve lucro de R$ 8,3 bilhões em 2022, reforça atuação no segmento de gestão de fortunas

O BTG Pactual anunciou na noite de ontem a compra de 100% do FIS Privatbank, localizado Luxemburgo, reforçando sua atuação no segmento de wealth management (gestão de fortunas). O FIS tem uma carteira de 500 milhões de euros de ativos sob gestão (R$ 2,8 bilhões). O valor do negócio, segundo comunicado do BTG, ficou em 21,3 milhões de euros, cerca de R$ 120 milhões.

O segmento de wealth management tem crescido no banco. Com cenário de volatilidade em mercados emergentes e, agora, com a turbulência trazida pela compra do Credit Suisse pelo UBS, que atuam neste segmento, há um movimento de investidores buscando alocar seus investimentos em países desenvolvidos. Luxemburgo é uma das principais praças financeiras da Europa.

Nos últimos trimestres, Estados Unidos e Europa já foram os mercados de maior expansão para o BTG Pactual em wealth management. Recentemente, o banco reforçou a equipe de gestão de fortunas nos Estados Unidos, onde tem escritórios em mimai e Nova York, com objetivo de expandir sua cobertura para clientes da América Latina.

O BTG está presente também no Chile, Argentina, Colômbia, Peru, México, Estados Unidos, Portugal e Reino Unido – e aguarda aprovação regulatória para o escritório da Espanha.

Em comunicado ao mercado, o CEO do BTG, Roberto Sallouti, disse que o FIS complementará as atividades dos escritórios já existentes na Europa: “Ao operar um banco em Luxemburgo poderemos atender, de forma ainda mais personalizada e exclusiva, todas as necessidades de nossos clientes latino-americanos e europeus.” Até então, a atuação em alguns serviços dependia de parcerias com outras instituições.

O FIS já tem operações há 30 anos e mais de 300 clientes, em sua maioria de famílias de alta renda, family offices e investidores institucionais.

"Esta aquisição faz parte de uma decisão estratégica de negócios", escreveu Sallouti.

Em dezembro de 2022, o BTG tinha R$ 1,25 trilhão em ativos sob gestão. Desse total, quase R$ 550 bilhões estavam em wealth management. No ano passado, o banco captou R$ 120 bilhões líquidos para essa frente.

A transação aguarda a aprovação dos órgãos reguladores, como Banco Central do Brasil, da Comissão Financeira de Fiscalização e Segurança em Luxemburgo (CSSF) e do Banco Central Europeu (BCE).

No ano passado, o lucro líquido do BTG chegou a R$ 8,3 bilhões.


Fonte: O GLOBO