Presidente da Câmara, Arthur Lira repudiou ataques e cobrou mais cuidados com a segurança na capital federal; veja repercussão entre políticos

Porto Velho, RO -
A presidente do Partido dos Trabalhadores e deputada federal Gleisi Hoffmann afirmou que o presidente Jair Bolsonaro (PL) é "cúmplice" dos atos de vandalismo que ocorreram em Brasília, na noite desta segunda-feira. A parlamentar questionou a ausência de prisões após os atos de vandalismo por parte dos apoiadores do presidente.

"Baderna em Brasília teve cara de esquema profissional. Muito estranho que ninguém foi preso. Bolsonaro é cúmplice. Como pode o presidente da República abrigar envolvidos? Passou da hora de desmobilizar as frentes de quartéis, não tem nada de liberdade de expressão, só golpismo", escreveu a parlamentar no Twitter.

Outras personalidades da política brasileira também foram às redes para repudiar as manifestações. Nomes como o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e a senadora Simone Tebet (MDB-MS) classificaram o episódio como vandalismo.

No Twitter, Lira defendeu que os atos realizados até esta segunda-feira haviam sido feitos de "maneira ordeira". "Repudio veementemente a desordem, violência e risco à integridade física", publicou o presidente da Câmara, ressaltando que a governo do DF deve "redobrar os cuidados com a segurança".


O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), classificou como “absurdos” os atos “feitos por uma minoria raivosa”. "A depredação de bens públicos e privados, assim como o bloqueio de vias, só servem para acirrar o cenário de intolerância que impregnou parte da campanha eleitoral que se encerrou”.

O futuro ministro da Justiça e Segurança Pública, senador Flávio Dino (PCdoB-MA), classificou com "inaceitável" os atos antidemocráticos. A atuação da PF, de acordo com Dino, apenas seguiu uma decisão judicial. "Os que se considerarem prejudicados devem oferecer os recursos cabíveis, jamais praticar violência política".

Terceira colocada na corrida ao Palácio do Planalto e integrante do grupo de transição do governo eleito de Lula, a senadora Simone Tebet (MDB-MS) afirmou que violência, depredação e vandalismo não fazem parte da democracia brasileira. Para Tebet, os manifestantes são, na verdade, criminosos que devem ser "rigorosamente punidos".

Outros políticos também usaram as redes para se manifestar sobre o episódio. Nomes como os senadores Fabiano Contarato (PT-ES), Randolfe Rodrigues (REDE-AP) e os deputados federais Marcelo Freixo (PSB-RJ), Alexandre Frota (PROS-SP) e André Janones (Avante-MG) repudiaram os atos.

O ex-presidente do partido Novo João Amoêdo aproveitou para criticar a postura de Bolsonaro que, até o momento, não comentou os atos de seus apoiadores. Para Amoêdo, ocorre a omissão do governo federal diante do "terrorismo" praticado na capital.


Fonte: O GLOBO