Projeto prevê reajuste de 24% até 2028 e segue agora para o Senado - Deputados Federais de RO -  Foto: Câmara dos Deputados

Porto Velho, RO - A Câmara dos Deputados aprovou, nesta terça-feira (4), o projeto que concede aumento salarial aos servidores efetivos do Poder Judiciário da União, além de encargos comissionados e funções de confiança. O reajuste será aplicado em três etapas sucessivas de 8% cada, nos dias 1º de julho de 2026, 1º de julho de 2027 e 1º de julho de 2028, totalizando 24% ao final do período.

O texto, apresentado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), tem o objetivo de recompor perdas inflacionárias acumuladas desde 2019 e agora segue para análise no Senado Federal.

Como votaram os deputados de Rondônia

Entre os oito parlamentares federais do estado, dois votaram a favor, cinco foram contra e um esteve ausente da votação. Confira :

  • Dr. Fernando Máximo (União Brasil) - Sim 
  • Rafael Fera (Podemos) - Sim
  • Coronel Chrisóstomo (PL) - Não 
  • Cristiane Lopes (União Brasil) - Não
  • Maurício Carvalho (União Brasil) - Não
  • Sílvia Cristina (Progressistas) - Não
  • Thiago Flores (Republicanos) - Não  
  • Lúcio Mosquino (MDB) - Ausente 
O que diz o projeto

O relator, deputado Rafael Prudente (MDB-DF), defendeu que o aumento busca concorda parte da perda do poder aquisitivo dos servidores do Judiciário, que, segundo ele, chegou a 24,21% em julho de 2025.

“O projeto corrige parcialmente a defasagem inflacionária que vem corroendo o poder aquisitivo dos servidores do Judiciário da União”, afirmou Prudente.

Ele destacou ainda que o reajuste é essencial para manter a eficiência institucional e evitar a evasão de profissionais para o setor privado, onde há ofertas de treinamento mais altas.

Debates e brigadas

A aprovação do projeto gerou debate no plenário. O deputado Luiz Lima (Novo-RJ) criticou o reajuste, afirmando que “todo brasileiro perdeu poder de compra, não só os servidores”, e alertou para o risco fiscal da medida

Já Chico Alencar (PSOL-RJ) defendeu a proposta, afirmando que se trata de uma questão de justiça e não de privilégios.

“Temos que fortalecer os supersalários e privilégios, mas os servidores do Judiciário merecem justiça, como todos os demais trabalhadores”, declarou Alencar.