%2010.49.21_1a0cd258.jpg)
Em entrevista ao jornalista Robson Oliveira, no podcast Resenha Política, o deputado federal Coronel Crisóstomo (PL-RO) detalhou a estratégia “Apoie o Coronééél!” usada na campanha, afirmou que a tática beneficiou dois candidatos e ressaltou sua postura de lealdade, mesmo sem reciprocidade. Ele também relatou episódio de substituição em agenda na BR-429, de Costa Marques a Presidente Médici.
Porto Velho, RO - Em participação no podcast Resenha Política, apresentado pelo jornalista Robson Oliveira, o deputado federal Coronel Crisóstomo (PL-RO) revelou bastidores de uma estratégia de comunicação usada durante a campanha: o slogan “Apoie o Coronééél!”, sem citação de nomes, para fortalecer duas candidaturas simultaneamente.
Segundo Crisóstomo, a ideia foi posicionar a palavra “Coronel” como marca central do discurso, o que, na avaliação dele, favoreceu tanto o candidato ao governo identificado como coronel quanto sua própria candidatura a deputado federal.
“A gente vai fazer o seguinte: a nossa campanha na quatro do nove vai ser o seguinte, olha: ‘Apoie o Coronééél!’. Sem ter nome. Mas aí ajudava os dois, né? Porque ele era candidato a governo… e eu candidato a deputado. Vamo lá, vote no Coronel!”, disse.
O parlamentar explicou que o contexto eleitoral também estava marcado pela presença de “capitão” no debate público, numa referência ao então presidente Jair Bolsonaro, e que isso reforçou a escolha por “coronel” como elemento de diferenciação no estado.
“Se falassem só em coronel, o pessoal não ia entender… Ia falar só o capitão. Mas para governo era o coronel. E aí usaram o coronel, e eu fazia assim, ó, pau! Aí o pessoal: ‘Éh!’”, relatou.
Crisóstomo reconheceu que a estratégia acabou beneficiando sua própria campanha, mas enfatizou que agiu por lealdade ao outro candidato identificado como coronel. “Foi bom pra todos nós. Mas eu fiz isso também pensando no outro coronel. Quem é fiel, é fiel. Aquele político que não é fiel vai te trair em qualquer momento. Eu fui fiel àquela pessoa, embora tenha notado no decorrer da campanha que não havia muita reciprocidade. A recíproca não era verdadeira, mas me mantive fiel.”
O deputado ainda contou um episódio pouco conhecido, segundo ele, durante uma agenda intensa na BR-429, de Costa Marques a Presidente Médici, que precisava ser cumprida em um único dia.
“Tínhamos uma missão de fazer campanha em toda a quatro, dois, nove… tinha que atender aqueles municípios todos naquele dia. Naquela oportunidade, o atual candidato acordou meio tristonho e tal, então: bota o Crisóstomo pra me representar”, afirmou, indicando que assumiu compromissos em nome do aliado.
A entrevista reforça a narrativa de bastidores de campanha em Rondônia, destacando a importância do posicionamento simbólico (“Coronel”) e da disciplina de palanque, ao mesmo tempo em que expõe tensões sobre reciprocidade e fidelidade política.
Clique aqui e confira a entrevista completa:
0 Comentários