Brasil defende negociação de paz com participação de Rússia e Ucrânia

Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, critica reunião de representante dos Estados Unidos com chanceler russo


Presidente da Rússia, Vladmir Putin, presidente dos EUA, Donald Trump e presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky. • Reuters

Porto Velho, RO - O Brasil observa com ressalva a negociação dos Estados Unidos com a Rússia sem a participação da Ucrânia. Nesta terça-feira (18), o presidente norte-americano Donald Trump enviou um emissário para a Arábia Saudita para dialogar com a diplomacia russa.

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, criticou o governo estadunidense pela ausência da Ucrânia na tentativa de um acordo de paz. A crítica foi apoiada pela União Europeia, que também não foi incluída no debate. O bloco econômico foi o maior financiador da Ucrânia durante o conflito.

Trump vem sendo criticado por tentar isolar a União Europeia de uma tentativa de acordo. Os Estados Unidos já acenaram que não irão mais financiar a Ucrânia, como ocorreu durante a gestão do ex-presidente Joe Biden.

Na avaliação de diplomatas e militares brasileiros, um acordo de paz só será alcançado com a participação de diplomatas tanto da Rússia quanto da Ucrânia. Nas palavras de um diplomata experiente, um acordo para o fim do conflito que “estava em um extremo passou para outro extremo”, sem perspectiva de um consenso.

Brasil e China vinham tentando colocar Ucrânia e Rússia na mesma mesa para um acordo de paz, mas Zelensky se negou a participar.

A União Europeia vinha tentando um acordo sem a Rússia. Agora, os Estados Unidos tentam um acordo sem a Ucrânia.

O presidente ucraniano já disse que não participará de diálogo entre Rússia e Estados Unidos e não aceitará nenhuma proposta acordada nessa reunião.

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