Comissão Nacional de Direitos Humanos do país fala em 22, das quais 19 teriam morrido em Nairóbi, onde agentes de segurança abriram fogo contra manifestantes; dados anteriores registravam cinco mortos

Porto Velho, Rondônia - A Associação Médica do Quênia afirmou, nesta quarta-feira, que o número de mortos durante as manifestações no país no dia anterior subiu para 13 — um comunicado conjunto da Anistia Internacional e organizações cívicas quenianas falavam em ao menos cinco mortos. Simon Kingondu, presidente da associação, advertiu ainda que "este não é o número final".

Já a Comissão Nacional de Direitos Humanos do país chegou a registrar 22 mortes, das quais 19 teriam ocorrido em Nairóbi, onde agentes de segurança abriram fogo contra manifestantes que invadiram o Parlamento e a Prefeitura, além de aterem fogo a veículos próximo à Suprema Corte do país.

As manifestações, lideradas principalmente por jovens, começaram de maneira pacífica na semana passada em Nairóbi e outras cidades para protestar contra os novos impostos previstos no orçamento 2024-2025, que até então estavam sendo debatido no Parlamento. Dias após ter sido apresentada, alguns trechos da proposta chegaram a ser abandonado, mas não bastou para acalmar os ânimos da população que, saturada com o alto custo de vida do país, exigia que todo o projeto fosse enterrado.

A tensão explodiu na tarde de terça-feira, após os parlamentares aprovarem o projeto de lei alterado. Os protestos escalaram em Nairóbi, onde manifestantes invadiram o Parlamento — escalando janelas e ateando fogo na entrada do prédio — e a prefeitura da capital, e incendiaram veículos nos arredores da Suprema Corte. Segundo várias ONGs, incluindo a Anistia Internacional no Quênia, a polícia abriu fogo para tentar conter a multidão, o que teria levado as pessoas a romper os controles de segurança do Parlamento e invadir o edifício.


Fonte: O GLOBO