Objeto entrou na atmosfera terrestre a uma velocidade de 161 mil km/h, segundo instituto

Porto Velho, Rondônia - Uma bola de fogo iluminou o céu de Portugal e da Espanha na noite do último sábado. O clarão foi visível em diversas regiões e intrigou internautas pela forte cor verde azulada emitida pela rocha espacial. Segundo especialistas, a cor emitida pelo meteoro indica a composição química majoritária do objeto. Neste caso, tratando-se de verde e azul, assume-se que a bola de fogo é composta por magnésio.

Diversos vídeos foram publicados nas redes sociais registrando o clarão que transformou a noite portuguesa em dia por um instante. O meteoro foi visível pouco antes da meia-noite, e pôde ser visto em várias regiões do país, como Porto, Algarve e Miranda do Douro, além de outras partes da Península Ibérica.

Algumas cores comuns de meteoros são: laranja-amarelado (sódio), amarelo (ferro), azul-verde (magnésio), violeta (cálcio) e vermelho (nitrogênio e oxigênio atmosféricos).

Cores correspondentes com a formação química da rocha — Foto: Divulgação/AccuWeather

A Agência Espacial Europeia confirmou que a bola de fogo era um pedaço de um cometa que passou voando sobre a Espanha e Portugal, viajando a cerca de 100.000 milhas por hora, ou cerca de 65 vezes mais rápido do que a velocidade máxima de um caça Lockheed Martin F-16. A ESA acrescentou que o meteoro provavelmente queimou sobre o Oceano Atlântico a uma altitude de cerca de 60 quilômetros acima da Terra.

Estrelas cadentes como a que foi vista na Europa são pedaços de material que se desprendem de corpos maiores como asteroides, cometas e até outros planetas. O atrito desses fragmentos com a atmosfera no período de entrada na Terra faz com que brilhem intensamente, tornando-se meteoros por alguns breves segundos, criando uma trilha luminosa.

Um tipo de meteorito conhecido por conter magnésio são os "pallasites", que contêm grandes cristais verde-oliva que são uma forma de silicato de magnésio-ferro chamada olivina, explica o portal especializado Space.com.


Fonte: O GLOBO