O parlamentar enfatizou que os recursos anunciados e a estrutura montada nos municípios "são insuficientes para atender às necessidades de um estado devastado"
Porto Velho, RO. O senador Marcos Rogério (PL-RO) demonstrou insatisfação nesta terça-feira (14) com as medidas do governo federal para ajudar as vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul. Segundo ele, a estratégia de ação contém muitas falhas de gestão.
O parlamentar enfatizou que os recursos anunciados e a estrutura montada nos municípios "são insuficientes para atender às necessidades de um estado devastado". Marcos Rogério defendeu o envio de mais profissionais para atuar nos hospitais de campanha, além de medicamentos e vacinas para a região.
— Mais de 380 cidades. Lá estão, aproximadamente, 83 profissionais da Força Nacional do SUS atuando em seis hospitais de campanha. Em mais de 380 cidades destruídas, 83 profissionais da Força Nacional do SUS atuando no Rio Grande do Sul, em seis hospitais de campanha. Como esses recursos podem ser suficientes quando confrontados com a realidade de centenas de milhares de desabrigados? A situação demanda uma mobilização muito mais significativa, muito mais séria, por parte do governo — disse em pronunciamento no Plenário.
O senador elogiou o trabalho dos voluntários, médicos, enfermeiros e profissionais de diversas áreas que têm se dedicado a ajudar as vítimas das enchentes. No entanto, fez um alerta sobre o surgimento de problemas de saúde decorrentes da situação, como doenças infecciosas e dermatológicas. Ele cobrou um plano de enfrentamento para evitar mais mortes.
— A necessidade urgente de preparação para doenças infecciosas, problemas dermatológicos, intoxicações e uma série de outras condições médicas que se seguirão. Serão pelo menos quatro ondas. Qual é o plano detalhado do Ministério da Saúde para cada uma dessas ondas? As medidas tomadas até agora parecem estar sempre um passo atrás das necessidades reais da população que sofre debaixo d'água no Rio Grande do Sul. Precisamos de transparência, de ação imediata e de um comprometimento real, não apenas de promessas em frente às câmeras — enfatizou.
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