Tricolor arrancou vitória importante em Santiago em uma atuação de muita aplicação defensiva

Porto Velho, Rondônia - Se o Fluminense de Fernando Diniz é conhecido por ter uma forma de jogar bem característica, com muita posse, toques curtos e uma saída de bola desde a sua pequena, a vitória sobre o Colo-Colo mostrou uma nova faceta da equipe.

Como bem disse o lateral-esquerdo Marcelo após a partida, o Fluminense “soube sofrer” para superar uma pressão quase que constante do time chileno para conquistar um triunfo importante para deixar a classificação para a próxima fase da Libertadores.

Nem de longe o Fluminense teve uma boa atuação em Santiago, principalmente na parte ofensiva. O Tricolor teve 38% de posse de bola e deu apenas duas finalizações no gol adversário. Um volume de jogo completamente aquém do ‘estilo Fernando Diniz’. Mas a postura defensiva do Fluminense e de pouca produtividade ofensiva foi a estratégia adotada pelo treinador para a equipe conquistar o resultado.

— Desempenho defensivo excelente. O time sabia que não teria controle de posse de bola, soube jogar o jogo e controlar o jogo. Soube se adaptar e jogou bem de uma forma diferente do que se está acostumado a ver. Apesar de ter menos posse, as chances de gol foram poucas. Tecnicamente, o time não fez uma partida boa, mas se analisar o aspecto defensivo, bola aérea, bola parada, foi bem. A coisa principal da estratégia era não sofrer gol e se dedicar ao máximo na marcação. 

Nós soubemos jogar um outro tipo de jogo. No desempenho defensivo, fomos muito bem. Em relação à percepção do jogo, a gente já sabia previamente que ia receber muita pressão. Jogar aqui é difícil. A gente até poderia ter jogado um pouco mais, na minha opinião. Mas o que ficou combinado era que, para evitar riscos desnecessários, a gente alongou a maioria das bolas. Era o que o jogo pedia hoje - disse Diniz.

O Fluminense de 2024 não é brilhante como o de 2022, mas mostrou uma qualidade semelhante ao de 2023 na noite de Santiago, ao ser forte o suficiente para segurar a pressão adversária e ser extremamente eficiente nas poucas chances produzidas, como, por exemplo, foi no jogo de volta da semifinal da Libertadores passada, contra o Internacional, no Beira-Rio.

O desempenho, na medida da estratégia adotada por Fernando Diniz, foi de um risco calculado, e o resultado positivo mostra que, às vezes, jogar mal e vencer, fugindo do seu próprio estilo, pode ser necessário em um jogo de Libertadores, principalmente fora de casa.

Agora, o Fluminense terá dois jogos em casa para conquistar a classificação e garantir a primeira colocação do Grupo A. Na próxima quinta-feira, o Tricolor recebe o Cerro Porteño, do Paraguai, no Maracanã, às 19h, e na última rodada, no dia 29 de maio, será a vez do Alianza Lima, do Peru, às 21h30.


Fonte: O GLOBO