Uma das mulheres abusadas conta que fez uma consulta com o Dr. Derrick Todd há dez anos para tratar dores na coluna. Na hora de ser examinada, a mulher afirma que foi apalpada agressivamente nos seios.
Segundo Kristin Fritz, em entrevista à Associated Press, ela só se deu conta de que tinha sido vítima de um abuso quando foi contactada pelo hospital para a questionarem sobre o comportamento do médico. “Sinto muita vergonha de mim própria por não saber o que fazer naquele momento e dizer que aquilo parecia errado. Eu deveria ter contado a alguém", lamenta a mulher.
"Foi uma trajetória de vários anos", disse a mulher. "Ele tentou me isolar de múltiplos especialistas. No começo, tudo se tratava de reduzir os níveis de inflamação e me colocar nos medicamentos corretos. Eu me senti melhor. Estava grata. E ele parecia incrivelmente competente e atencioso", disse outra vítima ao veículo local WBZ.
O médico inicialmente foi denunciado por duas pessoas, que fizeram queixas anônimas sobre comportamento inapropriado. O hospital abriu uma investigação interna e descobriu centenas de casos. Derrick Todd foi demitido e chegou a um acordo com o Conselho de Medicina para parar de atuar na profissão.
"Devido às leis de privacidade, o Dr. Todd não pode comentar sobre o atendimento prestado a nenhum paciente específico. No entanto, ao longo de sua carreira de vinte anos na medicina, o Dr. Derrick Todd foi reconhecido como um reumatologista, internista e médico de cuidados primários habilidoso e experiente. Ele tem cooperado plenamente com todas as investigações, incluindo a Junta de Registro Médico, e está confiante de que, quando todos os fatos forem considerados - ou mesmo litigados - estas alegações serão provadas como infundadas. Tudo isso ocorrerá nos fóruns apropriados e não no contexto de um frenesi midiático ou pressa para julgamento”, disse o advogado do Dr. Todd, Anthony Abeln, à WBZ.
Fonte: O GLOBO
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