O grupo dos 1% mais ricos teve um rendimento médio mensal per capita de R$ 20.664, enquanto os 40% mais pobres tiveram um rendimento de R$ 527

Porto Velho, RO. Segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2023, o rendimento médio mensal do 1% mais rico da população brasileira foi 39,2 vezes maior do que o dos 40% com os menores rendimentos.

De acordo com a pesquisa, o grupo dos 1% mais ricos teve um rendimento médio mensal per capita de R$ 20.664, enquanto os 40% mais pobres tiveram um rendimento de R$ 527 - o valor mais alto já registrado para esse segmento.

Comparando com os valores de 2022, houve um aumento de 13,2% no rendimento do grupo dos 1% mais ricos (R$ 18.257), e de 12,6% para os 40% mais pobres (R$ 468).

Para os 10% da população com os maiores rendimentos, o valor médio foi de R$ 7.580 ao mês em 2023, o que representa um aumento de 12,4% em comparação ao ano anterior e é 14,4 vezes maior que o dos 40% mais pobres.

A discrepância entre os 1% mais ricos e os 5% mais pobres também evidencia a desigualdade no país: o rendimento médio per capita dos mais abastados (R$ 20.664) é 164 vezes maior que o dos 5% mais pobres (R$ 126).

Gini

Apesar do aumento da renda média domiciliar per capita em todas as faixas, a comparação entre os rendimentos médios das diferentes classes revela que a desigualdade no país continua acentuada, conforme observado pelo Índice de Gini.

Em 2023, o Índice de Gini permaneceu em 0,518, o mesmo valor de 2022 e o mais baixo já registrado desde o início da série histórica em 2012. O ponto mais alto de desigualdade foi em 2018, quando atingiu 0,545. 

Fonte:  Rondoniaovivo