Variedade dos produtos era oferecida em catálogos em sites. Itens foram apreendidos em uma casa de alto padrão em Mairiporã

Duas mulheres foram presas em flagrante, nesta quarta-feira, em uma fábrica de chocolates em Mairiporã, São Paulo. Elas mantinham o estabelecimento para a produção de mix de chocolate com fungo alucinógeno, conhecido como cogumelo mágico, cuja substância ativa é a psilocibina, proibida no Brasil. Policiais do Departamento Estadual de Investigações Criminais( Deic) recolheram toda a matéria prima utilizada na fabricação das barras, trufas, bombons e cookies.

Segundo as investigações, a variedade dos produtos era oferecida em catálogos em sites. As prisões foram realizadas por policiais da 6ª Delegacia do Patrimônio (Investigações sobre facções criminosas). De acordo com o Deic, inicialmente, a equipe conseguiu uma amostra de um dos itens. Em seguida, um laudo do Instituto de Criminalística constatou a presença da substância psilocibina.

Polícia desmantela fábrica de chocolate com cogumelo alucinógeno em Mairiporã (SP) — Foto: Reprodução vídeo/ Deic

Mandados de busca e apreensão foram emitidos para dois locais em Mairiporã, segundo a polícia. Um imóvel de alto padrão onde eram fabricados os produtos, e a sede administrativa, instalada em um centro comercial na região central do município. A equipe apreendeu o material e documentos. Chocolates e cogumelos passaram por perícia, que já constatou a presença da substância proibida.

Polícia desmantela fábrica de chocolate com cogumelo alucinógeno em Mairiporã (SP) — Foto: Reprodução vídeo/ Deic

Os produtos eram oferecidos em catálogos em site na internet, com a descrição da composição de cada um e até a indicação da presença dos alucinógenos. O mais citado é o Camboja NS, ou Psilocybe cubensis, conhecido como cogumelo mágico. Os valores variavam de R$ 45 a R$ 310.

Polícia desmantela fábrica de chocolate com cogumelo alucinógeno em Mairiporã (SP) — Foto: Reprodução vídeo/Deic

Atualmente, a psilocibina e seu metabólito ativo, a psilocina, fazem parte da Lista de Substâncias Psicotrópicas de uso proscrito no Brasil, segundo a portaria 344/98 (ANVISA).


Fonte: O GLOBO