Betty Brussel fez os melhores tempos na categoria 100 a 104 anos nas modalidades 400 metros de nado livre, 50 metros de peito e 50 metros de costas

A nadadora canadense Betty Brussel, de 99 anos, quebrou três recordes da categoria 100 a 104 anos de natação em um único dia de competição na cidade de Saanich, no Canadá. Ela completou 400 metros de nado livre em 12 minutos e 50 segundos - quase quatro minutos a menos que o recorde anterior - e também fez os melhores tempos nas modalidades 50 metros de peito e 50 metros de costas.

"Quando estou competindo, não penso em nada. Nada. Eu apenas conto as voltas para saber quantas ainda me restam", disse Betty ao jornal britânico The Guardian. "Tento sempre encontrar um ritmo que consiga sustentar – você está exigindo muito do próprio corpo nessas corridas. E na última volta, bem, dou tudo o que tenho".

Como existem poucos nadadores nessa categoria de idade, é quase certo que Brussel vai quebrar um recorde toda vez que entra na piscina. Em certas modalidades, ela quebra recordes simplesmente por terminar a competição, uma vez que nenhum nadador dessa idade conseguiu fazê-lo antes.

Betty Brussel salta na água no dia que quebrou 3 recordes da categoria 100 a 104 anos — Foto: Reprodução

A recordista nasceu em 1924, na Holanda, e aprendeu a nadar nos canais perto de Amsterdam. Ela se mudou para o Canadá em 1959 com o marido e começou a se interessar em natação amadora por volta dos 60 anos de idade, quando competiu pela primeira vez nos Jogos Seniores de British Columbia.

Betty disse ao The Guardian que era um pouco desajeitada no início, mas ficou apaixonada pelo esporte. Ela se matriculou no Clube de Natação White Rock Wave há cinco anos, onde ela recebe treinamento especializado para alcançar seu potencial sem sobrecarregar seu corpo.

Betty abraça uma dos suas treinadoras — Foto: Reprodução

Apesar da idade avançada e de treinar duas vezes na semana, ela se acha "preguiçosa". Seu maior prazer não é quebrar recordes, mas entrar na piscina e se divertir o máximo possível. Ela também se declara tímida, e diz que ainda está se acostumando com a atenção midiática que vem ganhando.

O marido de Betty, Gerrit, morreu há alguns anos e, desde então, ela encontra conforto e confiança na piscina. Apesar da perda, ela é descrita como uma pessoa alegre e muito falante, sempre com um "brilho nos olhos".


Fonte: O GLOBO