Quarteto misto bateu a Alemanha de virada nos Jogos Olímpicos de Inverno da Juventude, na Coreia do Sul

O Brasil fez história nos Jogos Olímpicos de Inverno da Juventude, que estão sendo realizados em Gangwon (Coreia do Sul), ao vencer sua primeira partida de curling na história do país na modalidade. O quarteto misto formado por Pedro Ribeiro (14 anos), Rafaela Ladeira (17 anos), Julia Gentile (15 anos) e Guilherme Melo (15 anos) venceu a Alemanha por 6 a 4, na madrugada (horário de Brasília) desta segunda-feira.

Além disso, o triunfo foi acompanhado de algumas marcas históricas nos Jogos da Juventude, como o recorde de pontos e ends (espécie de sets no curling) vencidos. O Brasil nunca havia marcado mais que três pontos numa partida e nunca havia vencido mais que dois ends.

Para vencer, os brasileiros tiveram de buscar uma desvantagem no placar, pois os alemães venciam por 3 a 2 no final do 5º end. Dois pontos — no 6º e no 8º end — foram suficientes para a virada.

— Nosso time é um dos times mais novos dos que estão jogando aqui. Inclusive, o Pedro é o capitão mais novo entre todos os países. Obrigado a todos por acreditarem na gente, no nosso potencial e fazer real essa experiência que estamos vivendo — afirmou Rafaela.

— Estamos muito orgulhosos de representar o Brasil no curling, conseguir colocar em prática tudo que nós treinamos — contou Guilherme.

Antes de vencer a Alemanha, o Brasil havia acumulado três derrotas na competição. Na estreia, perdeu para os donos da casa, a Coreia do Sul (17 a 1). Depois, também perdeu para Canadá (14 a 0) e Dinamarca (10 a 1). Ainda restam mais três jogos para seguir fazendo história, contra Suíça, Itália e Grã-Bretanha.

Com uma média de idade de 15 anos e três meses, e sendo a primeira experiência internacional no currículo desses atletas, a intenção do Comitê Olímpico do Brasil (COB) e da Confederação Brasileira de Desportos no Gelo (CBDG) com a participação em Gangwon 2024 é incentivar a prática da modalidade entre os jovens brasileiros e renovar a equipe nas competições internacionais nos próximos anos.


Fonte: O GLOBO