O dono da boate, principal suspeito no caso, negou todas as acusações; imagens de câmeras de segurança e o conteúdo do telefone celular do homem serão analisadas

A Polícia Civil de Santa Catarina cumpriu um mandado de busca e apreensão em uma casa noturna de Bombinhas (SC), nesta quinta-feira (25), após duas argentinas denunciarem ter sido estupradas e mantidas em cárcere privado pelo dono do estabelecimento. Em depoimento, as vítimas alegaram que ficaram trabalhando no local por duas semanas. No entanto, a informação ainda é investigada.

O dono da casa noturna, principal suspeito no caso, negou todas as acusações. Segundo a polícia, o ele disse que "nunca manteve as mulheres em cárcere privado e que não praticou qualquer tipo de irregularidade no estabelecimento".

No local, a Polícia Civil apreendeu o telefone celular do suspeito e imagens do circuito interno das câmeras de segurança. Foi encontrada também uma pequena quantidade de entorpecente. O suspeito foi autuado por posse de drogas para consumo pessoal e liberado em seguida.

Entenda o caso

Na noite da segunda-feira (22), a Delegacia de Polícia de Bombinhas foi acionada pela Polícia Militar para atender duas mulheres que estavam na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da cidade e haviam denunciado que foram vítimas dos crimes de cárcere privado e estupro.

Após a liberação da UPA, as argentinas foram levadas até o Instituto Médico Legal de Balneário Camboriú (SC) para serem submetidas a exame de corpo de delito.

Um Inquérito Policial foi instaurado na manhã da terça- feira (23) para investigar o caso. As vítimas foram ouvidas na Delegacia de Bombinhas e demais diligências investigativas foram realizadas.

De acordo com as investigações iniciais, não há suspeita de tráfico de pessoas e as vítimas não estão em Programa de Proteção. Uma delas está retornando para a Argentina com apoio da Assistência Social do município de Bombinhas e a outra vítima vai permanecer no Brasil.

Próximas etapas da investigação

A investigação agora passa para uma nova etapa. Serão analisadas as imagens e o conteúdo do telefone celular do suspeito, conforme autorizado pela Justiça. Os equipamentos serão enviados para a Polícia Científica e depois a equipe de investigação elaborará um relatório sobre o que foi encontrado.


Fonte: O GLOBO