Defensor uruguaio disputou a Copa do Mundo do Catar e hoje está na Sassuolo, da Itália

Com a saída de Filipe Luís, o Flamengo busca um lateral-esquerdo no mercado para disputar posição com Ayrton Lucas. E a bola da vez se chama Matías Viña, que atualmente joga pela Sassuolo, mas está emprestado pela Roma, da Itália. O defensor uruguaio se juntaria aos compatriotas do elenco Arrascaeta, De la Cruz e Varela.

A carreira de Viña deu sinais promissores antes mesmo de ele subir para os profissionais. O lateral-esquerdo foi titular na campanha do Uruguai no Campeonato Sul-Americano Sub-20, que culminou no título da competição. O defensor, aliás, foi carrasco do Brasil no hexagonal final e marcou o gol da vitória aos 47 minutos do segundo tempo.

Viña foi campeão do Sul-Americano sub-20 com o Uruguai — Foto: Reprodução

Após a conquista, Viña foi promovido para o time principal do Nacional do Uruguai, quando tinha 20 anos. Mas foi só em 2019 que começou a se destacar por lá. Sua evolução natural combinada com os conselhos de Álvaro Pereira, lateral-esquerdo com passagem pelo São Paulo, fizeram com que o jovem fosse eleito o melhor jogador do Campeonato Uruguaio e convocado para a seleção principal.

Com características de um lateral-esquerdo polivalente, podendo jogar também mais avançado pela esquerda, como um meia ou mais recuado como um zagueiro, Viña chamou a atenção do Palmeiras, que desembolsou 3,5 milhões de euros (cerca de 16,6 milhões de reais) ao Nacional para ter 50% dos direitos econômicos do atleta.

Viña chegou ao Palmeiras em fevereiro de 2020 — Foto: Cesar Greco

No clube paulista, Viña logo ganhou a vaga de Diogo Barbosa e Victor Luís e se tornou titular tanto com Vanderlei Luxemburgo, quanto com Abel Ferreira. O lateral foi importante na conquista dos títulos da Libertadores — ele deixou o Palmeiras no meio da competição de 2021 —, da Copa do Brasil e do Campeonato Paulista sob o comando do treinador português.

Seguro na marcação, Viña foi expulso apenas uma vez na carreira: no jogo de volta da Recopa Sul-Americana de 2021, contra o Defensa y Justicia. O defensor contou, em entrevista à ESPN, que o cartão vermelho foi o motivo pelo qual ele começou a ter um acompanhamento com uma psicóloga.

— Não sou muito de falar, sou bastante reservado; sempre tentando resolver os problemas que eu tinha e às vezes me incomodava um pouco. Aí conversei sobre isso com minha mãe e minha namorada, me incentivaram a começar com uma psicóloga e hoje me sinto muito bem, isso está me ajudando muito — disse o defensor.

Matías Viña deixou o Palmeiras em agosto de 2021, depois de 70 jogos disputados ao longo de duas temporadas, e se transferiu para a Roma, da Itália, por 13 milhões de euros (R$ 80 milhões). No Velho Continente, o uruguaio começou como titular, mas foi perdendo espaços na equipe com o decorrer da temporada.

Matias Viña usou a camisa 5 na Roma — Foto: Divulgação/Roma

Ele chegou a ser emprestado para o Bournemouth, da Inglaterra, em 2022/23, mas também não teve a sequência desejada. Mesmo sem atuar com frequência, Viña foi convocado para a Copa do Mundo do Catar, mas ficou no banco de reservas e entrou apenas no decorrer das partidas. Nesta temporada, o lateral começou a ganhar minutagem quando foi emprestado para o Sassuolo, da Itália.

Nas redes sociais, Viña é discreto e só compartilha fotos dentro de campo ou ao lado de sua namorada, Florencia Velasco, uma ex-jogadora de hóquei. O casal possui uma bulldog francesa, chamada Gino, que também costuma aparecer nos registros. Agora, os dois estão à espera de um bebê. Florencia anunciou a gravidez em setembro deste ano ao escrever uma carta para sua mãe, já falecida.

"Como foi bom ter você, te abraçar e te amar tanto que até hoje não conheço esse limite infinito. Hoje quero te contar a melhor notícia que poderia te dar se você estivesse aqui, você vai ser avó de uma menina. Até agora sabemos que ela está saudável e que está sendo repleta de amor por todos os nossos amigos e familiares.", escreveu Florencia em um trecho da carta.

Viña com sua namorada Florencia Velasco e o Bulldog francês Gino — Foto: Reprodução


Fonte: O GLOBO