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O proprietário do grupo imobiliário chinês Evergrande, Hui Ka Yan, foi alvo de uma operação da polícia, no momento em que a empresa endividada enfrenta graves dificuldades financeiras. De acordo com pessoas com conhecimento sobre o caso, que falaram em anonimato, o bilionário foi colocado sob supervisão policial no início deste mês e está sendo monitorado em um local designado
Hui está sob o regime de vigilância residencial, o que não significa que tenha sido preso ou acusado de um crime. Ainda assim, a medida significa que ele não pode sair do local, reunir-se ou comunicar-se com outras pessoas sem aprovação, com base na Lei de Processo Penal da China. Passaportes e cartões de identificação, de acordo com o mesmo regime, devem ser entregues à polícia, mas o processo não deve exceder seis meses, de acordo com a lei.
Guancha, um meio de comunicação privado pró-governo, afirmou que fontes próximas ao caso confirmaram a notícia. Também indicou que o bilionário foi colocado à disposição das autoridades "há alguns dias" e permanece em Pequim.
A AFP ligou para os escritórios da Evergrande em Hong Kong e na China continental para obter esclarecimentos, mas não recebeu resposta.
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O porta-voz do ministério chinês das Relações Exteriores, Wang Wenbin, afirmou em uma entrevista coletiva que não estava a par da situação, ao ser questionado sobre a informação publicada pela Bloomberg.
A gigantesca dívida da Evergrande contribuiu para o agravamento da crise imobiliária na China, o que gerou temores de um contágio global. O braço imobiliário da empresa não pagou esta semana uma dívida importante. O site financeiro chinês Caixin informou que ex-executivos da empresa foram detidos.
Hui, de 65 anos, já foi o homem mais rico da China. Ele é famoso por seu gosto particular por marcas de luxo e iates. Seu patrimônio está calculado atualmente em 1,8 bilhão de dólares, contra US$ 42 bilhões em 2017, segundo o Bloomberg Billionaires Index.
O setor imobiliário é um pilar do crescimento econômico chinês e registrou um crescimento espetacular nos últimos anos. Mas a enorme dívida acumulada pelas maiores empresas do setor foi considerada pelas autoridades chinesas um risco inaceitável para o sistema financeiro e o conjunto da economia.
Diante do risco, o governo limitou consideravelmente o acesso ao crédito, o que levou muitas empresas ao 'default', como aconteceu com a Evergrande.
(Bloomberg e AFP)
Fonte: O GLOBO
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