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A prisão do suspeito apontado como o maior grileiro da Amazônia, Bruno Heller, é uma notícia importante e simbólica no combate ao desmatamento na região. Heller desmatou 6,5 mil hectares, área quatro vezes maior que o território de Fernando de Noronha.
É difícil pegar um grileiro com a boca na botija. Geralmente eles somem na hora de operações e os trabalhadores que estão no local não sabem quem os contratou. Muitas vezes, essas pessoas estão submetidas a condições análogas à escravidão, praticando um crime sem conhecer o mandante.
Na região de Novo Progresso, Itaituba e São Pedro, onde estive no ano passado, há muito desmatamento.
Anteriormente, havia uma conivência generalizada do Estado, inclusive das Forças Armadas, que não agiram diante do que estava acontecendo. Houve a realização das operações Verde Brasil 1 e 2, mas em outras regiões próximas às bases militares, o garimpo ilegal persiste.
A boa notícia é que o governo Lula está combatendo o desmatamento na Amazônia, o que levou à prisão em flagrante de um grileiro. Ou seja, o Estado está atuando em defesa da lei e do meio ambiente, o que é uma boa notícia.
A má notícia é que o Cerrado também está sob ameaça. Essa região é essencial para o equilíbrio hídrico do Brasil, sendo considerada a "caixa d'água" do país, com suas nascentes alimentando muitos rios.
Infelizmente, a legislação permite que uma grande parte da área privada no Cerrado seja desmatada, o que pode levar a um desequilíbrio no fornecimento de água no país.
O agronegócio, um dos setores importantes na região, precisa compreender que um Cerrado produtivo e eficiente requer controle do desmatamento, uma vez que esse crime afeta diretamente seus próprios interesses.
Fonte: O GLOBO
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