Proximidade de Pacheco com ex-presidente da Casa e desejo de caciques emedebistas de voltar a chefiá-la dificultam um acordo
As bancadas do MDB e do PSD no Senado debatem a possibilidade de uma aliança para a disputa pela sucessão de Rodrigo Pacheco (PSD-MG) na presidência da Casa. O presidente do PSD, Gilberto Kassab, e o senador Renan Calheiros (MDB-AL) chegaram a traçar cenários, mas um entendimento hoje é considerado difícil porque os dois discordam sobre apoiar ou não o senador Davi Alcolumbre (União-AP). Enquanto o PSD avalia estar com ele, o MDB tende a escolher um de seus atuais filiados.
Kassab e Renan são próximos e costumam se reunir para trocar impressões sobre o cenário político nacional. Há duas semanas, o presidente do PSD sugeriu ao senador do MDB um acordo que passaria para a disputa das presidências do Senado e da Câmara.
O presidente partidário deseja que o MDB apoie o líder do PSD na Câmara, Antonio Brito (BA), como candidato a sucessor de Arthur Lira (PP-AL). Em troca, ofereceu o apoio da legenda para o candidato do MDB à presidência do Senado.
Na conversa, Renan lembrou que Pacheco, atual presidente da Casa e filiado ao PSD, é aliado de primeira hora de Alcolumbre, que se movimenta para voltar ao comando do Senado, o que dificultaria o apoio prometido por Kassab. O presidente do PSD então sugeriu que Alcolumbre se filiasse ao MDB, algo descartado por Renan.
Alcolumbre também não tem falado em sair do União Brasil e a candidatura dele ao comando do Senado é tratada como prioridade para a legenda. Hoje, o cenário mais provável é que haja uma reedição da disputa entre MDB e Alcolumbre que aconteceu em 2019, quando senador do União Brasil foi eleito presidente da Casa contra Renan.
O PSD, por influência de Pacheco, avalia apoiar Alcolumbre na próxima disputa, mas também não descarta ter candidatura própria. A legenda tem 15 senadores e é a maior da Casa. O líder da sigla, Otto Alencar (BA), é apontado como um nome para ser presidente do Senado.
O PSD, por influência de Pacheco, avalia apoiar Alcolumbre na próxima disputa, mas também não descarta ter candidatura própria. A legenda tem 15 senadores e é a maior da Casa. O líder da sigla, Otto Alencar (BA), é apontado como um nome para ser presidente do Senado.
Dentro do MDB, o próprio Renan, que já foi presidente da Casa, e o líder do partido, Eduardo Braga (AM), estão entre as alternativas. Apesar de elencar as dificuldades para um acordo, o senador do MDB, no entanto, não fecha as portas para uma aliança, e levou a sugestão de Kassab para a bancada do partido no Senado e para o líder do sigla na Câmara, Isnaldo Bulhões (AL), que também é cotado para disputar o comando da Casa.
Além dos dois, o líder do União Brasil, Elmar Nascimento (BA), e o presidente do Republicanos, Marcos Pereira (SP), são apontados como pré-candidatos a presidente da Câmara. Os dois são os nomes considerados mais fortes na disputa.
A avaliação é que o momento atual é apenas de traçar cenários e não tem como prever como estarão os partidos quando chegar a data da eleição, em fevereiro de 2025. A posição do PT é considerada um fator que pode definir a disputa, principalmente no Senado, onde MDB, PSD e União Brasil têm uma relação de maior proximidade com o governo.
Fonte: O GLOBO
Além dos dois, o líder do União Brasil, Elmar Nascimento (BA), e o presidente do Republicanos, Marcos Pereira (SP), são apontados como pré-candidatos a presidente da Câmara. Os dois são os nomes considerados mais fortes na disputa.
A avaliação é que o momento atual é apenas de traçar cenários e não tem como prever como estarão os partidos quando chegar a data da eleição, em fevereiro de 2025. A posição do PT é considerada um fator que pode definir a disputa, principalmente no Senado, onde MDB, PSD e União Brasil têm uma relação de maior proximidade com o governo.
Fonte: O GLOBO
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