Sul do Brasil voltará a ter uma semana gelada em decorrência da passagem de uma massa de ar frio

O Rio Grande do Sul ainda sentirá reflexos, nesta segunda-feira, da passagem de um ciclone extratropical na semana passada, que provocou mortes, alagamentos e quedas de árvores. O ar frio derruba a temperatura no estado com previsão para geada na região de Uruguaiana, Bagé e também na cidade de Santa Maria, segundo o Climatempo. Apesar de toda variação de nuvens não chove no centro-sul de Santa Catarina e em Porto Alegre.

Segundo a Defesa Civil gaúcha, há risco de inundação no Baixo Uruguai, com elevação dos rios Itaqui e Uruguaiana. O mesmo ocorre em Campo Bom e São Leopoldo, por causa de cheia do rio dos Sinos. Os dois alertas são válidos para manhã desta segunda-feira.

De acordo com o Climatempo, depois da passagem da frente fria, o dia já começa com tempo fechado e com previsão de garoa nas duas capitais, Florianópolis e Curitiba. Em Santa Catarina, o boletim da Defesa Civil estadual aponta para frio em várias partes do estado, sobretudo na serra catarinense. No Paraná, há possibilidade de chuva intensa e geada, segundo meteorologistas.

Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia, há tendência de geada na serra gaúcha. Em Caxias do Sul, a previsão é de 0ºC de temperatura mínima para esta segunda e terça-feira. Em Gramado, deve gear até terça e também há previsão de mínima em torno de 0ºC.

Mortes

No Rio Grande do Sul, duas pessoas morreram e 30 ficaram feridas depois da passagem do ciclone, segundo a Defesa Civil. O órgão informou que 18 mil moradores dessas áreas foram afetados, sendo que 479 estão desabrigados (em abrigos públicos) e 487 desalojados (em casas de amigos e familiares). Um total de 5,7 mil casas foram destelhadas em razão dos ventos fortes e temporais de granizo.

As cidades com maior número de moradores afetados são Sobradinho, na região Central, e Sede Nova, na Norte.

É a terceira vez nos últimos 20 dias que o fenômeno atinge o Rio Grande do Sul. Ciclones são centros de baixa pressão formados por divergências de ar na atmosfera. Não necessariamente causa grande destruição. Isto depende do seu tipo, intensidade e profundidade.


Fonte: O GLOBO