Projeto terá 200 quilômetros quadrados de recifes artificiais e será lar de um bilhão de corais e 100 milhões de árvores de manguezal

Porto Velho, RO - Numa cidade conhecida por superlativos, não é surpresa que alguém em Dubai planeje construir outro “maior do mundo”. Mas, diferentemente do arranha-céu mais alto ou da piscina mais funda, o mais recente projeto proposto não é simplesmente uma façanha arquitetônica, e sim também uma vitória para a conservação dos oceanos.

O Dubai Reefs (ou seja, recifes de Dubai) se autointitula o maior projeto de restauração oceânica do mundo. Se construído, terá 200 quilômetros quadrados de recifes artificiais e será lar de um bilhão de corais e 100 milhões de árvores de manguezal.

Os planos para o projeto foram anunciados nesta semana pela URB, uma desenvolvedora de cidades sustentáveis com sede em Dubai, cujos projetos anteriores incluem uma super rodovia indoor para ciclismo em Dubai e cidades sustentáveis no Egito e na África do Sul.

“A saúde de nossas cidades está intrinsecamente ligada à saúde dos nossos oceanos”, declarou o CEO da URB, Baharash Bagherian. “Precisamos de espírito empreendedor no planejamento das cidades costeiras”.

Além dos recifes artificiais, a URB projetou residências flutuantes, hotéis, lojas, serviços e vários eco-lodges, o que fariam do local um destino turístico.

No centro de tudo, há um instituto marinho, dedicado à pesquisa oceânica e a proteção do ambiente costeiro de Dubai. O Dubai Reefs também ofereceria programas de educação em conservação marinha.

A URB afirma que o local será servido 100% por energia renovável, gerada a partir de fazendas solares, hidrelétricas e de ondas, com fazendas de algas e ostras produzindo os alimentos.

Se a construção for adiante, o desenvolvedor espera concluir o projeto até 2040. No entanto, a empresa observa que enfrentará desafios para garantir que a iniciativa possa ser financiada inteiramente de forma privada e ser usada por pessoas de todos os níveis de renda.

“O Dubai Reefs pretende ser um modelo para conservação marinha, ecoturismo e vida oceânica”, disse Bagherian.“Em última análise, ele se tornará um destino único e resiliente, fornecendo segurança alimentar e energia do oceano, ao mesmo tempo em que fortalece uma economia mais verde”.

Fonte: CNN Brasil