Parlamentar estava na capital em 16 de junho, data em que teria tomado a primeira dose da vacina em Duque de Caxias

Investigado pela Polícia Federal (PF) por suspeita de ter falsificado o próprio cartão de vacinação contra à Covid-19, o deputado federal Gutemberg Reis (MDB-RJ) estava em Brasília no dia 16 de junho de 2022, data em que sua primeira dose do imunizante teria sido lançada no ConectSus, sistema do Ministério da Saúde. 

De acordo com a PF, o irmão do ex-prefeito de Duque de Caxias Washington Reis teria se vacinado em junho e novembro do ano passado no Centro de Saúde do município localizado na região metropolitana do Rio.

Em registros publicados em seu Instagram, Gutemberg relatou que estava entre os dias 14 e 16 de junho em Brasília, quando posou para fotos ao lado do ex-ministro de Justiça e ex-secretário de Segurança do Distrito Federal Anderson Torres — preso desde janeiro por suspeita de omissão durante os ataques golpistas do dia 8.

Na última quarta-feira, o deputado federal foi alvo de um mandado de busca e apreensão pelo mesmo delito pelo qual o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) é investigado, para quem pediu votos na eleição passada. Segundo investigação, os dados de vacinação do político só foram inseridos na data de sua segunda dose, pela chefe de Vacinas de Caxias Claudia Helena Acosta Rodrigues da Silva.

Como noticiou o GLOBO, um ano antes, também nas redes sociais, Reis registrou sua vacinação. Em 13 de julho de 2021, o deputado posou para uma foto momentos antes de receber o imunizante. "Hoje foi dia de vacina para mim. Chegou a minha vez. Fui vacinado no posto de saúde em Xerém, em Duque de Caxias", escreveu à época.

Este é justamente o argumento utilizado por Gutemberg em sua defesa. Em nota, o parlamentar afirmou que incentivou a vacinação e tomou todas as doses do imunizante. Ele alega ter tido um problema com o ConectSUS que teria sido corrigido quando integrou a comitiva do presidente Lula (PT) à China.


Fonte: O GLOBO