Pesquisa indica que 16% consideram que atendimento aos indígenas é a área em que o governo se saiu melhor nos três primeiros meses
Dados da nova pesquisa Datafolha divulgada neste sábado indicam que o atendimento à população indígena e as ações para o combate à fome e à miséria são vistos como pontos positivos do terceiro mandato do governo Luiz Inácio Lula da Silva em seus três meses iniciais. Do outro lado, economia, saúde e segurança pública foram os temas em que o desempenho do petista foi mais criticado pelos respondentes da pesquisa.
Foram 16% dos entrevistados que classificaram a questão indígena como a área em que o governo melhor agiu até aqui, influência direta das ações para atendimento à população ianomâmi e combate ao garimpo ilegal no Norte do país, que tomaram o noticiário no começo do ano.
Já o combate à fome e à miséria foi apontado como destaque por 12% das pessoas. A atenção ao tema é alardeada como bandeira do petista desde seus mandatos anteriores na Presidência, de 2003 a 2010, estratégia reforçada na campanha eleitoral. De volta ao Planalto, Lula recriou o Bolsa Família e o Minha Casa, Minha Vida, com foco especial à população de renda mais baixa.
Em relação aos temas em que o governo vai mal, o mais citado foi a economia, indicado por 15% dos entrevistados. No governo, há reclamações de que o desempenho econômico, área comandada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, é comprometido pela alta dos juros, atualmente em 13,75% ao ano. A taxa é definida pelo Banco Central, presidido por Roberto Campos Neto, indicado ao cargo pelo ex-presidente Jair Bolsonaro.
A saúde foi citada como a área de pior desempenho do governo por 12% dos entrevistados, mesmo percentual registrado entre os que apontaram a segurança pública como principal deficiência da gestão Lula 3.
O Datafolha entrevistou, presencialmente, 2.028 pessoas de 16 anos ou mais em 126 municípios de todas as regiões no período de 29 a 30 de março. A margem de erro da pesquisa é estimada em dois pontos percentuais para mais ou menos. Os dados foram divulgados pelo jornal “Folha de S.Paulo”.
Fonte: O GLOBO
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