Cerca de 100 policiais, em 50 viaturas, atuaram para prender receptadores de celulares roubados ou furtados na região

A Polícia Civil iniciou uma operação na manhã desta terça-feira com objetivo de prender suspeitos de uma quadrilha conhecida como 'quebra-vidro', que praticam roubos e furtos de celulares, na região da Cracolândia, no centro de São Paulo.

A ação faz parte da Operação Unblocked. Policiais da 1ª Seccional e do 27º DP, em Campo Belo, na Zona Sul, cumpriram 34 mandados de busca e apreensão e cinco de prisão preventiva. Ao todo, foram apreendidos 53 celulares, 3 tablets, 2 IPads, 3 smartwatchs e 130 carcaças de celulares desmontados.

A Justiça decretou a prisão preventiva de cinco pessoas, sendo quatro de origem senegalesa e um chileno. Elas devem responder pelos crimes de organização criminosa e receptação.

Uma das ações praticadas pelo grupo são os ataques aos carros para pegar os celulares dos motoristas e passageiros — na maioria das vezes, os criminosos quebram os vidros dos veículos parados em semáforos ou no trânsito.

A investigação busca identificar os criminosos responsáveis pela receptação de aparelhos celulares furtados e roubados no Centro da capital.

Com os celulares em mãos, o grupo aciona os compradores por meio de aplicativos de mensagem. Já na região da Cracolândia, os aparelhos são desbloqueados e revendidos.

A polícia chegou aos suspeitos após cumprir 60 mandados de busca e apreensão entre maio e junho de 2022. A atuação do grupo entrou no radar da corporação com base nas investigações de três ladrões de celulares que agiam no entorno da avenida dos Bandeirantes, na Zona Sul.

Com base nas apurações contra esse trio, os policiais apreenderam os celulares de um dos suspeitos. De um dos aparelhos foram extraídas conversas sobre um grupo no WhatsApp, formado em grande parte por senegaleses, em que o objetivo era a negociação de aparelhos furtados ou roubados.

Para a Polícia Civil, a quadrilha é responsável por comprar cerca de 80% dos celulares furtados pela quadrilha 'quebra-vidro'.


Fonte: O GLOBO