Atletas atuaram juntos por dez anos no Barcelona; zagueiro afirma que, em caso de condenação, espera que Justiça seja 'dura com ele'

Companheiro de Daniel Alves no Barcelona ao longo de dez anos, o ex-zagueiro Gerard Piqué disse ter ficado em choque ao receber a notícia de que o brasileiro havia sido acusado de estupro por uma mulher no final do ano passado. Em entrevista à rádio RC1, o espanhol disse que “é um caso complicado” e que conhece o jogador, mas afirmou que, em caso de condenação, a Justiça deveria “ser dura com ele”.

“O fácil é dizer que ele é culpado, eu quero esperar o que o juiz diz, e o que ele disser tem que ser seguido. E ajudar a vítima no processo. É muito complicado. Eu, como ex-companheiro, [tenho] a sensação de que você não o conhece. Você diz 'sim, nós dividimos tudo'. Você nunca pensaria nisso”, relatou.

Na entrevista, o jogador disse que ficou “em estado de choque” ao saber da acusação, principalmente pelo fato de ter convivido com o jogador ao longo de tanto tempo.

“Eu seria ainda mais duro que a justiça já é. Sou contra o povo do movimento sim é sim ou não. Temos que respeitar uns aos outros, homens e mulheres. Espero um mundo que não aconteça isso. Seria inflexível e duro se isso acontecesse, o que parece ter acontecido”, completou.

A mulher de Daniel Alves, Joana Sanz, visitou, no domingo, o jogador na prisão em que ele está detido desde janeiro, acusado de estupro em uma boate de Barcelona. Os dois, porém, só puderam se ver através de um vidro, uma vez que o atleta não havia solicitado a visita íntima, pedido que deve ser feito com um período de antecedência.

Segundo jornal espanhol As, a solicitação não foi feita por Daniel Alves porque ele acreditava que já estaria livre da prisão até março. Na visita deste domingo, Joana estava acompanhada por um amigo do jogador e por dois seguranças. Ela deixou o local pouco tempo depois e não quis falar com a imprensa. Essa foi a segunda vez que Joana visitou o marido na prisão.


Fonte: O GLOBO