Mesmo debaixo de chuva intensa, carnavalescos não perderam a oportunidade de curtir as festividades

O final de semana que marcou o retorno do Carnaval de rua de São Paulo, após um hiato de três anos por conta da pandemia, arrastou 1,5 milhão de foliões para participar dos 165 desfiles de blocos espalhados por toda a cidade. Entre os cortejos que mais agruparam pessoas estão o Estado de Folia, Casa Comigo, Ritaleena, Baixo Augusta, Monobloco e Bloco da Lexa

Segundo a Secretaria Municipal de Cultura, os blocos respeitaram o horário do término estabelecido — sendo 18h para pequenos e médios blocos, e 19h para megablocos — para que a prefeitura pudesse iniciar a limpeza e a liberação das ruas. Ao todo, 241 toneladas de lixo foram coletadas nas vias públicas entre sábado e domingo. A expectativa da gestão municipal é reciclar mais de 50% do material coletado, mas o número pode variar em caso de chuva por contaminação do resíduo.

Pela primeira vez, os megablocos contaram com revista policial para evitar armamento e objetos cortantes. Segundo a Secretaria de Segurança Pública do Estado (SSP-SP), foram recuperados pelo menos 110 celulares roubados ou furtados, e ocorreu prisão e apreensão de, ao menos, quatorze pessoas durante os eventos.

— Os desfiles ocorreram de forma muito satisfatória com nossas tendas e serviços médicos. Também tivemos poucas queixas de assédio. As pessoas estão mais conscientes para se divertir, respeitando o direito do próximo. — afirmou o prefeito Ricardo Nunes.

A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) informou que realizou 518 atendimentos nos postos médicos instalados nos circuitos onde os blocos se apresentaram. Segundo a pasta, as principais causas dos atendimentos foram de casos de náuseas, vômito, mal-estar, fadiga, ferimento (corte), dor de cabeça e alcoolismo. Desse total, 16 foram levados para atendimento especializado em hospitais.

O Carnaval de rua 2023 terá, ao todo, 480 desfiles confirmados, sendo 36 deles de megablocos, espalhados pelas cinco regiões da capital.


Fonte: O GLOBO