Marcola estava preso em Brasília desde 2019
O ministro Anderson Torres (Justiça e Segurança Pública) publicou em sua página oficial no Twitter que a mudança foi realizada depois de “meticuloso” trabalho do Depen (Departamento Penitenciário Nacional), órgão veiculado a pasta. O ministro disse que a ação foi um “sucesso total”.
Marcola, condenado a 330 anos por diversos crimes, estava preso em Brasília desde 2019. Ele foi um dos 22 criminosos do PCC transferidos naquele ano depois da descoberta de um plano de fuga. Na ocasião, 12 foram para Rondônia, 7 para Mossoró (RN) e outros 3 para Brasília.
O Depen não divulgou a nova unidade de destino de Marcola “por questões de segurança”. Segundo o órgão, “as transferências de presos são medidas rotineiras” e realizadas depois de análise da inteligência penitenciária. Leia a íntegra da nota do departamento no final desta reportagem.
O governador de Brasília, Ibaneis Rocha (MDB), era contra a permanência de Marcola na capital. Ele havia criticado a transferência do preso para Brasília, em 2019. Na época, buscou uma solução sobre o tema com o presidente Jair Bolsonaro e o então ministro Sergio Moro (Justiça e Segurança Pública). Não obteve sucesso, então acionou o Supremo Tribunal Federal. Mas o ministro Roberto Barroso rejeitou o pedido.
Leia a íntegra da nota do Depen
“Nesta quinta-feira, 3 de março, o Departamento Penitenciário Nacional realizou a transferência do interno Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, que estava custodiado na Penitenciária Federal em Brasília.
“O Sistema Penitenciário Federal (SPF) é referência no Brasil e no mundo pelo combate ao crime organizado, mediante isolamento de lideranças criminosas e presos de alta periculosidade, graças a um rigoroso e eficaz regime de execução penal.
“Por razões de segurança, o Depen não informará a unidade de destino do preso transferido.
“As transferências de presos são medidas rotineiras no SPF e são efetivadas por indicação da inteligência penitenciária, atividade essencial para orientar a definição de estratégias de combate ao crime organizado.
“A operação envolve a atuação de outros órgãos de segurança integrantes da estrutura do Ministério da Justiça e Segurança Pública, a saber: Secretaria Nacional de Segurança Pública, por meio da Força Nacional de Segurança Pública; Polícia Rodoviária Federal; e Polícia Federal.”
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