Empresa AMAZON FORT vai administrar o complexo da EFMM

Patriotismo cauteloso

A persistência do legado do presidente estadunidense John Kennedy, cujo assassinato completa 60 anos em novembro, comprova que armas matam pessoas, mas não ideias. Foi dele a mais patriótica sentença já pronunciada: “Não pergunte o que seu país pode fazer por você. Pergunte o que você pode fazer por seu país”. O mundo de Kennedy era um caos, mas foi simplificado pela Guerra Fria, que tinha dois lados: bastava escolher um.

O mundo ficou mais complexo por conta da internet, em especial a chamada Deep Web. O inimigo não está mais a milhares de quilômetros de distância nem é visto por satélites. Pode estar insuspeito no quartinho do Júnior, no celular que ele não larga e no wi-fi que o permite acessar ideologias conspiratórias. Pode, também, estar em enganosas fake news espalhadas por robôs em rede social, fazendo um decente pai de família desgraçá-la comprometendo a renda dos seus e o futuro com seitas ou milícias pseudopatriotas e falsamente religiosas.

A complexidade do mundo atual obriga a desdobrar a sentença de Kennedy em um sinal de alerta: não pergunte só o que você pode fazer por seu país, mas também se não caiu em uma armadilha, levado a cometer ilegalidades passíveis de trazer prejuízos incessantes para a família. Nos dias que correm, até o patriotismo contém perigosos riscos, pois a Deep Web explora astutamente as frustrações, medos e problemas das pessoas.

Longa espera

Depois de cinco anos fechado, como se sabe foi licitada, para efeito de exploração comercial da empresa Amazon Fort, todo complexo da Estrada de Ferro Madeira Mamoré, mas existe ainda uma longa espera para seu funcionamento pleno, pelo menos mais quatro meses. Reformada, a EFMM estava paralisada há quase um ano e ainda teremos mais um tempão para que volte as atividades turísticas na orla do Rio Madeira. Ressaltando que o centro histórico de Porto Velho depende muito desta obra para ser revitalizado e a expectativa do comercio na região é que finalmente a partir da abertura do complexo a coisa funcione devidamente.

O caso da onça

Depois de muito tempo tive o prazer de reencontrar o promotor Jackson Abílio, amigão desde os anos 80. Ele foi um dos protagonistas do famoso caso da onça, aquele em que o felino teria devorado um passageiro da Eucatur ao descer para fazer suas necessidades perto de Vilhena. Como não voltou ao ônibus e muitos juravam ter ouvido esturros de onça no local, foi considerado morto, mas o sujeito apareceu “ressuscitado” dias depois de caminhar uns 30 KM até Vilhena. Dado como morto pelos passageiros o caso foi repassado para Abílio em Vilhena, que vendeu o peixe como tinha comprado ao jornal Estado de São Paulo. Foi um bafafá danado!

Teixeirão bravo!

O caso da onça foi manchete nos jornais locais e o episódio ganhou o mundo. Jornais, revistas e redes de televisão abordaram o assunto. Era um caso pitoresco na colonização rondoniense, idos do território. Como editor eu dei manchete do assunto no Estadão de Rondônia e envergonhada pelo equivoco a imprensa local não deu destaque a ressurreição. O então governador Teixeirão ficou tão bravo na época que admoestou Jackson Abílio lhe acusando de prejudicar a luta do Território para virar estado. Dei manchete – eu era editor na época – no Estadão local. Da minha parte, também vendi o peixe pelo preço que me venderam!

Ninhos das facções

O célebre narcotraficante Marcola, que durante algum tempo esteve hospedado na penitenciária federal de Porto Velho, já voltou para o presídio federal de Brasília, mas deixou um rastro do fortalecimento do esquema de tráfico de drogas e de armas em Rondônia. Ocorre que quando foi deslocado para cá vieram com ele, familiares e seus principais assessores do crime organizado em São Paulo e Rio de Janeiro. Alguns tornaram os complexos habitacionais Orgulho da madeira, Morar Melhor e a região do Cristal da Calama verdadeiros ninhos das facções criminosas em Rondônia.

Pacheco x Marinho

Está tudo pronto para a reeleição do deputado federal Arthur Lira (PP-AL) a presidência da Câmara dos Deputados. Para garantir a rapadura aumentou os valores dos penduricalhos dos parlamentares para a próxima legislatura além de ampliar a cota de assessores por cada parlamentar. Confronto mesmo vai ocorrer na eleição da mesa diretora do Senado, o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), candidato da coalizão de Lula vai enfrentar o senador bolsonarista Rogério Marinho no aguardo de eventuais traições para ganhar o cobiçado posto no Congresso Nacional.

Via Direta

*** Em vista da possível inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro que ampliou sua presença nos Estados Unidos, o PL já fala com clareza que seu novo projeto será lançar sua esposa Michele Bolsonaro a presidência na sucessão de Lula ***Ela já tem predadores à espreita: os governadores de SP Tarciso de Freitas e de MG Romeu Zema, mais o senador eleito Hamilton Mourao, ex-vice-presidente e o ex-ministro e senador eleito Sergio Moro *** É o bolsonarismo rachado desde já para 2026 *** E impressiona o número de vira-casacas deixando o bolsonarismo para aderir ao lulapetismo *** A coisa começa pelo Velho da Havan e vai até Ratinho. Até políticos evangélicos expressivos e fidelíssimos e que que diziam que Lula era coisa do capeta já trocando de lado.

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FONTE: CARLOS SPERANÇA