Deputado federal pelo PL e ex-PM, ele deve ser anunciado pelo governador eleito nesta quarta-feira
Porto Velho, RO - O governador eleito de São Paulo Tarcísio de Freitas escolheu o deputado federa Capitão Derrite (PL-SP) como secretário de Segurança Pública em seu futuro governo.
O anúncio deve ser feito pela equipe de transição nesta tarde. Tarcísio deve anunciar também Roberto de Lucena (Republicanos-SP) na pasta de Turismo e o presidente do PSD, Gilberto Kassab, na Secretaria de Governo,
O GLOBO confirmou que Derrite deve ocupar a Secretaria de Segurança Pública. Apoiador fiel do presidente Jair Bolsonaro, ele é capitão da Polícia Militar e defende uma política linha-dura para combater a criminalidade.
Ele tem no currículo formação em Ciências Sociais e Segurança Pública na Academia de Polícia Militar do Barro Branco, bacharelado em Direito na Universidade Cruzeiro do Sul e pós-graduação em Ciências Jurídicas na mesma instituição.
A escolha de Derrite é o principal aceno ao bolsonarismo até o momento. Outros nomes confirmados no novo governo são considerados de perfil mais técnico, como Natália Rezende na Infraestrutura e Renato Feder na Educação, ou ligados a grupos políticos distantes do bolsonarismo, como o próprio Kassab.
Ele é coautor de um pedido de instauração de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Câmara para investigar supostos abusos de autoridade e o que chama de censura por parte de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e Superior Tribunal Eleitoral (TSE).
Ele relatou a proposta aprovada na Câmara que extingue saídas temporárias de presos dos estabelecimentos prisionais. Também endossateses golpistas segundo as quais houve fraude nas eleições, e que o pleito dado a vitória a Bolsonaro, o que é falso.
Lucena, por sua vez, é pastor evangélico e tem apoio de ala do bolsonarismo em São Paulo, que defendia sua nomeação. Em 2015, ele se licenciou do cargo de deputado federal para ocupar a Secretaria de Turismo no governo paulista. Agora, ele retoma o cargo.
Kassab, por sua vez, já havia sido confirmado na semana passada. Seu nome é o mais indigesto para a militância bolsonarista entre todos os nomeados até agora. Além de ter sido ministro de Dilma Rousseff, ele tem articula para integrar seu partido à base do governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, o que desagrada apoiadores mais radicais de Bolsonaro.
Fonte: O GLOBO
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